terça-feira, maio 02, 2006

A própria vida

(Gabriel Andrade Alves, 2005)

Sinto-me perdido
Em um pequeno mar de espinhos
Contido nesta pífia gota d'água
Que repousa sobre tua face

A inefável dor
De um sentimento esquecido
De uma alma desprezada
Num inerte além

Sim...
É o velho sentimento
Que ao próprio volta
Relembrando velhos dias de solidão

Sabes que a vida é única
E se forem várias
cada uma delas também é única
À sua propria maneira

E este sofrimento
Que será afastado
Com a batida de tambores ressonantes
Anuncia...

Grita aos ventos
Para ti e para mim
Que esta minha vida
Que é única
Também é tua
De maneira incondicional